sábado, 27 de setembro de 2008


Muito tempo se passará e os meus ponteiros nem perceberam, a todo o momento as lembranças vividas me recortam a cabeça com facas bem afiadas, mas em vez de sangue o que escorre são lágrimas. Uma peça fora do jogo a espera do outros participantes dar a última tacada. Partida sem volta sem direito a despedidas, por mais que as fotos, os vídeos não nos deixam esquecer dos mínimos detalhes do seu rosto, seus belos olhos azuis, sua pele macia e bem cuidada, o tempo faz que esqueçamos de sua vida em vida, vivida até a última suspirada.

Parabéns agora não pela idade, mas pela pessoa que foi qual a tinha.

Beijos e até breve amiga-tia-companheira-e-eternamente nosso anjo.

Por Danúbia Pessoa e suas lágrimas ainda molhadas...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

aturrar o choro do mais novo cachorro meu
unhadas do mais safado gato meu
música das mais antigas possiveis de meu pai
gritos e berros de minha sem calmante mãe
e agora?
trancar-me no quarto
deitar-me entre cobertores
respirar aliviada que nem fui vista
esticar a coluna fora do lugar
e antes tarde do que nunca
pensar no amanhã (...)
e no veneno talvez um dia útil debaixo do travesseiro.

D.Pessoa

terça-feira, 16 de setembro de 2008

ontem a noite não era escura
não!?
acho que era um sonho (...)
pesadelos ocultos
escondidos de baixo de uma leve camada de pele
inocente pelo que não viu
experiente pelo que não devia ter visto
cu-ri-o-si-da-de com perfeita visão
o que está a mostra é para ser visto
o que não está apenas aduba um sentimento de vergonha.


D.Pessoa

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

cartas marcadas num jogo qualquer
houve um roubo
não houve tiros
houve medo
repartido
tensão no ar...
não!
era apenas uma carta entre as cochas do chão.

D.Pessoa

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

feitos de areia

ainda quero morrer deitada sobre os lençóis maranhenses
observando o por do sol se perder entre as dunas
ainda quero dormir entre os finos grãos de areia
sentindo me cobrir de escuridão
ainda quero sentir o vento tocar meus pés descalços
descansados após uma longa caminhada em torno dos lagos
ainda quero me cegar de tanto olhar você passeando sobre mim
descobrindo os minuciosos mistérios ainda inabitados
ainda quero acreditar que daria certo (...)
que entre transparentes águas verdes cristalinas
que entre cobertas casas de areia
que entre pegadas marcadas no nada
as minhas não estejam sozinhas.

D.Pessoa

terça-feira, 2 de setembro de 2008


nada... como o verde
por isso como carne.
D.Pessoa

Bom, eu descobri! Ou seria conclui? Sei lá, isso depois eu decido. O importante foi o “Q” da questão.
Não!
Calma!
O Brasil já foi encontrado (pelo fato de já ter habitantes lá em 1500), o lance da história não entremos em detalhes. E também não foi a fórmula da coca-cola (fato lastimável).
Mas, sim! Uma coisa tão obvia, mas tão obvia, meio que, uma fina camada de água cristalina sobre um reluzente diamante.
Entenderam?
Não?
Vou tentar de novo.
Algo como dois + dois = quatro.
Não? Afffff...
Vamos direto ao assunto então, o fato é que descobri para que sirvo realmente. Bom, tenho muitas utilizações (se posso dizer desta forma), muitas destas eu já sabia, mais várias estou a descobrir.
A última foi surpreendentemente corrosiva.
Eu sei fritar ovos.
Por uma corredora (contra a cozinha)