abominável homem da cidade

em que esquina me encantou com teu sorriso encantador
em que palavras me deixou levar pelos impulsos da voz
em que sorriso vi minha própria felicidade a sorrir
nos copos cheios de bebidas turvas, bebemos a nossa alma
caímos nos passeios da amargura e rimos dos cortes profundos que nem sangraram
és na verdade por fim... as cicatrizes de uma época marcante

dentro das páginas ásperas de um livro faminto

vejo caindo letras tristes de um poema rejeitado
leio por então outro dito poema apresentado, até o fim!

enfim... ao consumir as palavras de um então poeta pouco conhecido

dentro de mim ouço aplausos desesperados

lavados por fio transparente que me molha o regaço.

danúbia pessoa

bingo!

que vontade de estar ai agora
envolver-me no seu toque gélido
sentir seu vento calmo a nos levar
para uma sensação viva.

que vontade de estar ai agora
flutuando, sem sair do chão.
sentir que não!
estamos sós, além de estarmos assim!

que vontade de estar ai e agora...
saber que a realidade mostra os passos
entre a vontade e o estar.